IDENTIDADE

A atual denominação da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus exprime a nossa Identidade, porque o motivo da nossa existência na Igreja é viver e manifestar o carisma da hospitalidade segundo o estilo de São João de Deus. Consagrados ao Pai pelo Espírito, seguimos mais de perto a Cristo casto, pobre, obediente e misericordioso. Deste modo, cooperamos na edificação da Igreja, servindo a Deus no homem que sofre.
Constituições, n.º1

CARISMA

O Carisma herdado de S. João de Deus é assim definido nas actuais Constituições da sua Ordem Hospitaleira: Em virtude deste dom, somos consagrados pela ação do Espírito Santo, que nos torna participantes, de maneira singular, do amor misericordioso do Pai.

 

Esta experiência transmite-nos atitudes de benevolência e de dedicação, torna-nos capazes de cumprirmos a missão de anunciar e realizar o Reino entre os pobres e os doentes; transforma a nossa existência e faz com que, através da nossa vida, se torne manifesto o amor especial do Pai pelos mais fracos, que nós procuramos salvar, segundo o estilo de Jesus.
Constituições, n.º2b.

MISSÃO

A Missão da Ordem Hospitaleira é dedicar-se ao serviço da Igreja na assistência aos doentes e aos necessitados, com preferência pelos mais pobres.
Constituições, n.º5.

 

O impulso dado por S. João de Deus, à maneira de Cristo, no acolher e tratar dos doentes e necessitados marcou a expressão carismática da Instituição que perpetua o seu espírito e foi inspiração para que outras Instituições aparecessem na Igreja com finalidade semelhante.

 

Assim, é importante referir que deverá ser sempre estabelecida uma aliança entre Irmãos e Colaboradores, alicerçada no dom da Hospitalidade, funcionando como impulso e estímulo para desenvolver a própria vocação, a fim de serem para o pobre e necessitado manifestação do amor misericordioso de Deus para com os homens.

 

Irmãos e Colaboradores unidos para promover e servir a vida.

PRINCÍPIOS DA ORDEM HOSPITALEIRA

Ter como centro de interesse, para todos os que vivemos e trabalhamos no hospital ou em qualquer outra obra assistencial, a pessoa assistida;

Promover e defender os direitos do doente e necessitado, tendo em conta a sua dignidade pessoal;

Empenhar-se decididamente na defesa e promoção da vida humana;

Reconhecer à pessoa assistida o direito de ser convenientemente informada sobre o seu estado de saúde;

Observar as exigências do segredo profissional, fazendo que sejam igualmente respeitadas por todos os que se aproximam dos doentes;

Opor-se à procura do lucro, observando e exigindo que se não lesem as normas económicas justas;

Respeitar a liberdade de consciência das pessoas que assistimos e a dos nossos colaboradores, mas exigindo com firmeza que seja aceite e respeitada a identidade dos nossos centros hospitalares;

Valorizar e promover as qualidades e o profissionalismo dos nossos colaboradores e estimulá-los a participar activamente na missão da Ordem e, em função das suas capacidades e âmbitos de responsabilidade, torná-los participantes no processo de decisão das nossas Obras apostólicas;

Defender o direito de morrer com dignidade, respeitando e satisfazendo os justos desejos e as necessidades espirituais daqueles que estão prestes a morrer, conscientes de que a vida humana tem um termo temporal e é chamada à sua plenitude em Cristo.

S. João de Deus

S. João de Deus
              

Santo Português de Montemor-o-Novo

Fundador do Hospital moderno, protector de doentes, bombeiros e enfermeiros.

 

João Cidade nasceu em Montemor-o-Novo no ano de 1495, em dia e mês desconhecidos. Os seus pais, André Cidade e Teresa Duarte, eram comerciantes de fruta e desde cedo teriam educado o pequeno João segundo os valores cristãos. Aos 8 anos, João foi para Oropesa – Espanha, em circunstâncias ainda hoje pouco conhecidas, talvez na companhia de algum peregrino ou clérigo. João foi acolhido na casa do Maioral do Conde de Oropesa e trabalhou como guardador de rebanhos.

Em 1523, o seu espírito aventureiro levou-o a alistar-se no exército de Carlos V, participando, em Fuenterrabia, na guerra contra os Franceses e em 1532, em Viena, contra os turcos que ameaçavam invadir a Europa. Regressado da guerra, quis voltar às suas origens. Em Portugal, apenas encontrou um tio e, sem nada que o prendesse à terra natal, voltou para Espanha, mas desta vez para o Sul. Daí partiu para Ceuta, onde foi empregado de um fidalgo português desterrado. Foi aí também a sua primeira grande acção de generosidade: para garantir o sustento desta família, que entrou em dificuldades, foi trabalhar para a construção das muralhas de protecção da cidade.

Regressou a Espanha em 1538, ficando um tempo em Gibraltar. Reza a lenda que aí lhe apareceu um menino com uma romã (granada em castelhano) na mão e lhe disse “João, Granada será a tua cruz”. João partiu para a cidade desse nome e aí viria a dar-se a grande transformação da sua vida.

Ao ouvir um sermão do Pe. João de Ávila, a 20 de Janeiro de 1539, tomou uma atitude radical contra a hipocrisia que se vivia na sociedade granadina de então. Pelas atitudes que tomou foi dado como louco e internado no Hospital Real, onde sofreu na pele os tratamentos dados na época a este tipo de pacientes.

Um sonho louco o assaltou então, fundar um Hospital, onde pudesse tratar devidamente aqueles que sofrem. Tomou como seu director espiritual o Pe. João de Ávila, e com os seus conselhos empreendeu a “louca aventura” de fundar um pequeno hospital. Percorreu as ruas de Granada ajudando e transportando os que não conseguiam valer-se sozinhos e levando-os para o seu hospital, onde, separando-os por doenças, lhes tratou das feridas do “corpo e da alma”. João calcorreou as ruas da cidade proclamando o singular pregão: “Irmãos, fazei o bem a vós mesmos, dando aos pobres!”.

Um episódio marcante na sua vida foi o incêndio que se deu no Hospital Real de Granada em 1549. João Cidade, com bravura, salvou muitos doentes e combateu as chamas. Toda a cidade de Granada lhe prestou reconhecimento, chamando-o já João de Deus, o Santo de Granada.

Até a sua morte foi causada pelo bem que fazia: para salvar um miúdo de se afogar no rio Genil, João atirou-se à água, contudo não conseguiu salvar a criança e apanhou uma broncopneumonia que o levaria à morte.

A 8 de Março de 1550, em diálogo com Deus, morre com fama de santidade. João de Deus foi um homem que, vivendo no seu tempo, soube ser inovador e projectar-se para o futuro. Foi, por isso, considerado o fundador do Hospital moderno, Santo, protector do doentes, bombeiros e enfermeiros. Um homem que encontrou Deus no amor aos seus irmãos.

Cronologia

 1495

Nasce S. João de Deus (João Cidade) em Montemor-o-Novo – Évora

1503

Deixa a sua casa e fixa-se em Oropesa (Espanha)

1520

Morre o seu Pai num convento em Lisboa. 1523 Combate no Exército de Carlos V, na reconquista aos franceses de Fuenterrabia, nos Pirineus

1524

Regressa a Oropesa

1532

Novamente soldado. Agora em Viena contra os turcos

1533

Regressa a Montemor-o-Novo. Segue para Sevilha

1535

Dirige-se a Ceuta (portuguesa); trabalha na fortificação da cidade e ajuda uma família em extrema necessidade

1538

Volta a Espanha e vende livros em Gibraltar. Transfere-se depois para Granada onde abre uma pequena livraria

1539

Em 20 de Janeiro, durante o sermão da festa de S. Sebastião passa por uma crise de conversão que o leva ao hospital, dado como louco e no Outono funda um hospital na Rua Lucena

1546

Recebe os primeiros discípulos: Antão Martin e Pedro Velasco

1547

Transfere o seu hospital para um edifício maior, antigo convento, na Encosta de Los Gomeles

1548

Vai a Valladolid à corte pedir auxílio ao Príncipe Filipe (II)

1549

Salva os doentes do Hospital Real incendiado

1550

A 8 de Março morre na Casa dos Pisas, em Granada

Cartas

Ler as seis cartas de S. João de Deus ajuda-nos a melhor compreendermos a sua vida e obra.

Uma dessas cartas foi dirigida a Luís Baptista, jovem de carácter e fraco de vontade, natural de Jaén, Andaluzia, que simpatizava com a obra caritativa de João Cidade, o que o levou a escrever-lhe uma carta onde manifestava a sua vontade de colaborar com ele. João responde-lhe, como bom pedagogo, com seriedade de mestre e carinho de pai, não deixando de lhe assinalar os pontos mais vulneráveis.

Duas cartas do espólio joandeíno são dirigidas a Guterres Lasso de Veja, nobre cavaleiro da Ordem de Santiago, natural de Málaga, Andaluzia. Conheceu S. João de Deus quando este foi pedir esmola a sua casa, deixando-se encantar pela candura, simplicidade e caridade daquele mendigo. Sem repulsa, acolheu-o pelo menos duas vezes no seu palácio e comeu com ele à mesa, tendo-se estabelecido entre ambos uma relação de amizade. Este fidalgo prestou relevantes serviços a João de Deus.

A última destinatária das cartas que chegaram até nós é D. Maria de los Cobos Mendoza, 3ª Duquesa de Sesa, a mais insigne benfeitora de S. João de Deus e da sua obra de assistência. A ela, o mendigo de Deus dirigiu três longas cartas a pedir auxílio para os seus protegidos, expondo-lhe a doutrina da mais profunda direcção espiritual e a insuflar-lhe coragem para ir suportando com tranquilidade a ausência do seu “generoso e humilde marido”.

Depois da morte do marido, D. Maria entregou-se por inteiro às obras de piedade: fundou em Baena um convento de Franciscanos e transformou o seu palácio de Granada no Convento da Piedade e do Espírito Santo, de religiosas dominicanas, reservando para si alguns aposentos, onde viveu mais como religiosa do que como Duquesa, vindo a falecer a 28 de Maio de 1604.

 

CARTA A LUÍS BAPTISTA

1ª CARTA A GUTERRES LASSO

2ª CARTA A GUTERRES LASSO

1ª CARTA À DUQUESA DE SESA

2ª CARTA À DUQUESA DE SESA

3ª CARTA À DUQUESA DE SESA

Santos Hospitaleiros

S. João Grande

 

 

Celebra-se a 3 de junho.

João Grande Román, filho de Cristóbal Grande e Isabel Román, nasceu em Carmona, em Sevilha (Espanha), no dia 6 de março de 1546. Em 1565 vai para Jerez de la Frontera e aí dedica-se plenamente ao serviço a Deus, adotando o nome de João Pecador. Iniciou assim uma nova experiência que o levou a cuidar das necessidades dos mais idosos e pobres.

João Grande conhece a obra de S. João de Deus em Granada e une-se a ela, acolhendo as regras e aplicando no seu hospital de Jerez de la Frontera o estilo e cuidado como o fazia S. João de Deus.

Em 1600, uma epidemia de peste assolou toda a região e a cidade de Jerez. João Grande ficou contagiado, adoeceu a 26 de maio e morreu a 3 de junho no seu quarto do Hospital de N. Sra. da Candelária. Foi beatificado por Pio IX a 13 de novembro de 1853 e canonizado por S. João Paulo II a 2 de junho de 1996.

S. João Grande dedicou-se com corpo e alma ao serviço de Deus, especialmente através dos presos, dos pobres e doentes; a sua vida exterior de trabalho estava fundamentada na sua vida de fé e oração, chaves da sua espiritualidade. Viveu plenamente dedicado à sua comunidade e ao seu hospital. Foi um exemplo de deferência intelectual quando pretendeu implementar uma ideia de cuidados e verificou que outros já faziam o que pretendia, tendo-se juntado a eles.

S. Ricardo Pampuri

 

 

Celebra-se a 1 de maio.

Ricardo Pampuri morreu jovem, com 33 anos, mas a sua vida foi um exemplo de vivência de valores, de compromisso quer à vida profissional, quer à vida religiosa.

Nasceu em Trivolzio, Pavia, a 2 de agosto de 1897, o décimo de 11 filhos de Inocente Pampuri e Ângela Campari. Deram-lhe o nome de Hermínio Filipe. Aos 3 anos foi viver para casa do seu avô, após a morte da mãe, local onde o espírito cristão era muito forte, servindo de fundação moral do jovem. Estudante distinto e exemplar, segue os estudos em Medicina, na Universidade de Pavia, licenciando-se com nota máxima em julho de 1921. Já a trabalhar como médico em Morimondo, Milão, sente-se chamado à vida religiosa e, orientado pelo sacerdote Ricardo Beretta, entra para a Ordem Hospitaleira a 22 de junho de 1927. Quando toma o hábito, pede para se chamar Ricardo em sinal de gratidão para o seu orientador e concelheiro. Na Ordem foi docente no curso de enfermagem dos Irmãos e aceitou a responsabilidade do consultório de doenças dentárias. Era um homem muito bom e generoso, ajudava todos os pobres que encontrava, era muito amável e modesto.

Ficou muito doente e a 18 de abril, tendo o seu estado de saúde agravado, foi levado para a Casa de Saúde “San Giuseppe” de Milão. Foram muitos os que aí o foram visitar, muitos colegas e companheiros da universidade. Quando saiam do seu quarto, a todos dizia “até à vista, no paraíso”. Morreu há 90 anos, no dia 1 de maio de 1930. Foi beatificado em outubro de 1981 e canonizado a 1 de novembro de 1989 pelo Papa João Paulo II.

S. Bento Menni

 

 

Celebra-se a 24 de abril.

 

Ângelo Ercole nasce em Milão a 11 de março de 1841. Aos 16 anos entra num grande banco milanês com a promessa de um futuro promissor, mas a forma como vê a vida não se coaduna com esta realidade e abre-lhe outra perspetiva: a de uma vida de entrega, na consagração ou no sacerdócio. Foi a vontade de partilhar a sua existência em solidariedade efetiva que o fez juntar-se à missão hospitaleira. Pede para ser admitido na Ordem Hospitaleira a 19 de abril de 1860, troca de nome para Bento Menni e faz a sua profissão solene a 17 de maio de 1864. Após ser ordenado sacerdote (14 de outubro de 1866), é chamado a restaurar a Ordem em Espanha, enviado pelo Superior Geral, Pe. Alfieri e pelo Papa Pio IX. A Espanha segue-se a restauração da Ordem em Portugal, no final do século XIX e no México, no início do século XX.

S. Bento Menni fundou a congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus juntamente com Maria Josefa Recio e Maria Angustias Giménez que conheceu em Granada quando da restauração da Ordem em Espanha.


Foi Superior Geral da Ordem entre 1911 e 1912. No dia 24 de abril de 1914 faleceu em Dinan (França). Ao longo da sua vida criou 22 centros entre asilos, hospitais gerais e hospitais psiquiátricos. Em 1985 foi declarado beato pelo Papa João Paulo II que o canonizou a 21 de novembro de 1999.


S. Bento Menni foi persistente na hospitalidade, ancorou-se na fé e na ternura de Deus. Perante as injustiças respondeu com misericórdia, perante as incertezas manifestou total confiança em Deus. Todo o seu trabalho é um exemplo de total reconhecimento da presença de Jesus na pessoa doente (“Adoeci e visitaste-me” Mt 25, 36). Foi pioneiro no tratamento da pessoa como um todo, no centro dos cuidados, instituindo a atenção a todos os sintomas do doente sem perder a dimensão humanizadora do cuidado, em particular nas pessoas com doença mental.

 

Beato Olaio Valdêz

 

 

Celebra-se a 12 de fevereiro.

 

O Servo de Deus Venerável José Olaio Valdez nasceu em Havana, na Ilha de Cuba, em 12 de fevereiro de 1820. A grande fama de santidade que o cercava nasceu da sua vida como um homem modesto, justo e com uma alma generosa, como um modelo de virtude com um coração ardente de amor pelos mais frágeis. Soube ser um imitador fiel do seu Fundador.

Nasceu em Havana, Cuba, a 12 de fevereiro de 1820. Pediu admissão à Ordem Hospitaleira em 1834. A sua missão foi desenvolvida no Hospital de S. João de Deus em Camagüey, tendo sido particularmente desafiadora por altura da guerra cubana dos Dez Anos (1868-1878). Faleceu a 7 de março de 1889. Foi beatificado a 29 de novembro de 2008 em Camagüey (Cuba) numa cerimónia presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins.

 

Beato Eustaquio Kugler

 

 

Celebra-se a 10 de junho.

 

Eustáquio Kugler, Irmão de S. João de Deus, Provincial da Ordem Hospitaleira na Baviera no tempo do Hitler, desde 1925 a 1946, ano da sua morte, foi beatificado no dia 4 de outubro de 2009 em Regensbourg (Ratisbona), na Alemanha.

Eustáquio nasceu a 15 de janeiro de 1867, em Neuhaus, Alemanha. Professou solenemente em 30-10-1898 na Ordem Hospitaleira. Foi prior em diversas Casas a partir de 1905 até à primeira eleição para provincial em 1925. Construiu o grande Hospital Geral da Ordem em Regensbourg, mais tarde sede da província, e o melhor da Baviera, inaugurado em 1929, onde há longos anos é venerado e invocado na capela dos seus restos mortais.

Um dos maiores sofrimentos foi ir sabendo, sem o poder impedir, do transporte forçado de centenas de Utentes, deficientes e judeus, dos Centros da Ordem para “outras” instituições que não eram mais que campos de morte. Ao todo, a Ordem declarou, após a guerra, que das suas Casas tinham sido arrebatados pela polícia cerca de 1.760 internados, deficientes psíquicos ou físicos, e que, acabada a guerra, não apareciam em parte nenhuma.

Depois da Guerra, no “seu” hospital sequestrado pelas tropas americanas, morria o Beato, rodeado de Irmãos e amigos no dia 10 de Junho de 1946. Onde encontrou ele a força, confiança e misericordiosa hospitalidade nas provas que passou? Na oração e adoração a Jesus na Eucaristia e na entrega a Nossa Senhora a quem se devotou toda a sua vida.

(Síntese de texto de Aires Gameiro, OH)

 

Mártires Hospitaleiros

 

 

Celebra-se a 25 de outubro.

 

A 25 de outubro a família hospitaleira celebra a Memória Litúrgica dos 95 Irmãos que morreram mártires durante a Guerra Civil em Espanha, em 1936. Com o seu martírio, estes nossos Irmãos mostraram que tinham verdadeiramente encontrado Cristo e recebido dele a graça do martírio de sangue: de facto, a palavra "mártir" deriva do termo grego martyr, que significa "testemunha". Uma testemunha é alguém que presenciou um facto (tendo por isso constatado com a sua presença aquilo que narra ou relata) e que dá testemunho do que presenciou, não por ter ouvido alguém contar o que afirma, ou porque se informou sobre esse facto, ou fazendo-o por dedução pessoal, mas falando por experiência direta.

Cumprindo a sua missão hospitaleira, os nossos Irmãos mártires exerceram a hospitalidade junto dos enfermos com aquele estilo evangélico que imita os gestos de Jesus que presta cuidados, cura e salva. A sua maneira de viver a hospitalidade esteve inteiramente marcada pela missão carismática expressa em gestos concretos de misericórdia e de amor, com a certeza de que todo o gesto feito ao próximo é feito a Jesus: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40).

O aniversário que celebramos não se destina apenas a comemorar o seu martírio, mas pretende recordar a todos nós que viver o carisma de João de Deus é um testemunho de alto valor, não só simbólico, mas também humano e espiritual, que implica igualmente a entrega total, até ao ponto de dar a própria vida por Cristo e pelos irmãos.

 

 

 

Governo Provincial e Comunidades

Superior Provincial

Ir. José Paulo Simões Pereira

Conselheiros

Ir. Paulo Irineu Corte Gouveia

Ir. Bonifácio Lemos da Costa

Ir. Luís Vieira da Silva

Ir. Joaquim Martins Ramos

  

Secretário Provincial

Ir. Alberto Paulo Madureira Mendes, sac.

Ecónomo Provincial

Ir. Paulo Irineu Corte Gouveia

 

Comunidades

 

TELHAL

Superior: Ir. Alberto Paulo Madureira Mendes

FUNCHAL

Superior: Ir. Luís Vieira da Silva

ANGRA DO HEROÍSMO

Superior: Ir. Joaquim Martins Ramos

BARCELOS

Superior: Ir. Bonifácio Lemos da Costa

MONTEMOR-O-NOVO

Superior: Ir. Vítor Manuel Lameiras Monteiro

LISBOA

Superior: Ir. Paulo Irineu Corte de Gouveia

 

 

MISSÃO TIMOR-LESTE

Responsável: Ir. José Manuel Leonardo Machado, Sac.

MISSÃO EM TIMOR-LESTE

História

Dando resposta a um pedido da Igreja Timorense, na pessoa do Bispo da Diocese de Baucau, D. Basílio do Nascimento, para uma presença/intervenção na área da saúde mental, foi realizada uma visita exploratória ao terreno por parte dos superiores da Província Portuguesa, em Novembro de 2002, na qual foram detetadas as imensas necessidades e dificuldades que a Sociedade e a Igreja de Timor-Leste se debatem em todos os campos, em particular no âmbito da Pastoral da Saúde.

 

Assim, e em diálogo com o Bispo de Baucau, dois religiosos da Província Portuguesa iniciaram a Missão em Timor-Leste a 08 de Março de 2004.

 

A partir de 2006, foi sendo criada uma estratégia de intervenção da OH em Timor-Leste, contemplando quatro valências de intervenção com base no levantamento de necessidades: educação, capacitação e promoção de recursos humanos na área da saúde; Saúde materno-infantil; Combate à Tuberculose e Saúde Mental.

 

Em 30 Julho de 2010, foi inaugurado o Centro de Apoio à Saúde S. João de Deus (CAS-SJD) com duas unidades edificadas: a Casa S. João de Ávila (Unidade Polivalente Administrativa e Comunitária) e a Casa S. Bento Menni (Unidade de Casos Agudos de Doença Mental) e integrando ainda no seu todo a Residência S. Ricardo Pampuri (Unidade de Casos Agudos de Tuberculose), já a funcionar desde Setembro de 2009.

 

O Centro está apoiado por edifícios de serviços gerais, hortas e pecuária, uma Residência para os Irmãos (Casa S. João de Deus) e uma Casa de Formação (Casa S. João Grande), neste momento a funcionar como Aspirantado.

 

Responsável da missão

Ir. José Manuel Leonardo Machado, Sac.

 

Diretor do Centro de Apoio à Saúde S. João de Deus - Laclubar

Ir. Elvis do Rosário

 

Responsável pela formação dos Irmãos

Ir. José António Lima

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