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  • EAPS adaptam-se à situação de pandemia

    02 de Outubro de 2020

    Equipas de Apoio Psicossocial e Espiritual funcionam no âmbito do Programa Humaniza da Fundação La Caixa.

    Decorrente das limitações impostas pela atual pandemia, o ISJD-CSJA sentiu um vasto número de limitações à sua atividade fundamental: o acompanhamento de doentes em fim de vida e seus familiares. Deste modo, a capacidade de reorganização da equipa e das entidades recetoras, aliada à resiliência e capacidade de transformação exigida, permitiu manter a atividade, com as inerentes restrições associadas ao período de teletrabalho (8 semanas).

    Como maiores desafios sentidos, além da contínua necessidade de zelar pela segurança/prevenção de contágio, evidenciaram-se: a restrição de acesso a familiares por impedimento de visitas hospitalares; o estabelecimento de relações terapêuticas com doentes e familiares via telefone ou meios digitais e, ainda, a superação das dificuldades de comunicação com as equipas.

    Como principais estratégias implementaram-se: intervenções mais sistemáticas a nível telefónico e por videochamada, (com os Utentes e familiares que tinham ferramentas e conhecimentos para tal). Criaram-se e otimizaram-se protocolos de atuação que foram gradualmente melhorados, reforçou-se a presença diária, compassiva e humanizada, recorrendo-se também a estratégias de distração, ao uso do humor, ou a técnicas de comunicação para que cada doente sentisse uma valorização do seu sentido de vida.
    Recordamos que foram ainda desenvolvidos e divulgados guias facilitadores da adaptação à atual pandemia com o apoio da FBLC: Guia de Apoio ao Doente Isolado com Covid-19; Guia de Apoio aos Familiares de Doente Covid-19 e o Guia de Apoio aos Enlutados pela Covid-19. Com particular enfoque, salientamos o Guia da Espiritualidade no âmbito da Covid-19, que nos permite a descoberta do sentido de vida neste momento atual e o (re)encontro com S. João de Deus.

    Com as equipas, optou-se por uma comunicação baseada em email e telefonemas diários, para que, apesar de fisicamente distantes, fosse possível manter a intervenção o mais coerente face ao plano de cuidados do doente e diminuir o viés na transmissão da informação. Estas medidas implementadas, aliadas ao controlo sintomático dos doentes, permitiram a uma grande maioria percecionar a sua qualidade de vida como melhorada ou aumentada, (re)construindo estratégias de confronto pessoais eficazes e adaptativas, face à atual situação de doença, bem como face à ausência física dos seus familiares.
    Numa área em que a humanização dos cuidados é tão crucial, a comunicação verbal assumiu um papel de destaque, e a clareza no discurso e a empatia das palavras tornaram-se valiosos instrumentos de intervenção.

     

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